Potássio do Brasil participa da 8ª edição do Seminário Mineração&/XComunidades, em MG

Evento teve como tema “O que fazer para tirar o X da questão” e debateu formas de criar relacionamentos mais positivos com as comunidades

A Potássio do Brasil marcou presença na 8ª edição do Seminário Mineração e Comunidades, no painel “Aplicação da consulta prévia, livre e informada (OIT 169) na prática: acertos e erros”, apresentado pelo presidente da companhia, Adriano Espeschit. O evento foi realizado nos dias 14 e 15 de junho, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), em Belo Horizonte, e foi uma parceria entre a Brasil Mineral, a consultoria Integratio e o Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA).

A empresa investe na implantação do Projeto Potássio Autazes, voltado à extração e beneficiamento de cloreto de potássio para fabricação de fertilizante, no município de Autazes (AM), a 120 Km de Manaus. O projeto está em processo de licenciamento ambiental para o início da construção das instalações da fábrica.

Adriano Espeschit relatou a experiência da Potássio do Brasil no processo de licenciamento ambiental do projeto, o qual prevê, entre outras condicionantes, a consulta prévia ao povo indígena Mura, que foi deflagrada desde 2019. Segundo o executivo, o Protocolo de Consulta ao Povo Mura prevê sete passos e abrange os povos indígenas de Autazes e do município vizinho de Careiro da Várzea. “O Povo Mura definiu quem seria impactado e decidiu que o povo de Careiro da Várzea também deveria ser consultado”, explica.

O processo está sendo feito de acordo com a norma número 169 da Organização Mundial do Trabalho (OIT), mais conhecida como OIT 169, resolução assinada por cerca de 20 países, entre eles Brasil e Canadá, os únicos entre os signatários considerados como referência mundial em mineração.

“Já cumprimos o primeiro passo, que foi apresentar o projeto ao Povo Mura, e o segundo passo, que foi promover a grande assembleia de Urucurituba reunindo representantes de todas as 44 aldeias. Nós estamos agora no 3º e 4º passos dessa primeira fase de 7 passos”, detalha Adriano Espeschit.

Para instalar o primeiro projeto de potássio do Amazonas, a empresa investirá cerca de US$ 2,5 bilhões, num empreendimento que terá vida útil de 23 anos e capacidade de produção de 2,4 milhões de toneladas de cloreto de potássio ao ano. O projeto fica a 8 quilômetros das terras indígenas e vai ocupar uma área já antropizada, ou seja, onde eram desenvolvidas outras atividades econômicas, como criação de gado.

Adriano explicou como se dará o processo de extração do cloreto de potássio. Segundo ele, a mina é subterrânea e não será aplicado nenhum tipo de reagente químico no beneficiamento do minério, só água quente. A lavra será feita por um método denominado câmaras e pilares, que consiste na abertura de galerias no subsolo, de onde o minério será extraído. O rejeito, que nada mais é do que cloreto de sódio (sal de cozinha), retornará às câmaras vazias, abertas anteriormente para a extração do minério.

“Temos o compromisso de não deixar um parafuso se quer na superfície. A única coisa que permanecerá, e isso se a comunidade quiser, vai ser a estrada e o porto, porque vão beneficiar a comunidade”, enfatiza Adriano.

 

Conteúdo Produzido Pela Potássio do Brasil

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