MANAUS, BRASIL, 28 de maio de 2025 — A Potássio do Brasil, subsidiária da Brazil Potash, participa com ações para o desenvolvimento local e com patrocinadora da Feira Internacional da Indústria e Transição Energética da Amazônia (FITEA 2025), organizada pelo Instituto Inspire Amazônia com apoio da Secretaria de Estado de Energia, Mineração e Gás (Semig), e do Seminário de Mineração do Amazonas, programação que integra a FITEA, realizada pela Semig. Os eventos acontecem no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus, e seguem até esta quinta-feira (29).
Participam dos eventos representantes do setor produtivo e industrial, especialistas, pesquisadores, lideranças e autoridades do poder público com o objetivo de posicionar a Amazônia como protagonista global na transição energética. A edição deste ano tem como tema “Desenvolvimento sustentável, descarbonização e soluções energéticas para a Amazônia Legal”.
A cerimônia de abertura contou com a participação do presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, ao lado de autoridades como o secretário de estado de Energia, Mineração e Gás do Amazonas, Ronney Peixoto, e o deputado estadual Sinésio Campos.
Em seu discurso, o secretário Ronney Peixoto destacou a idealização da FITEA e agradeceu o apoio à realização de eventos que colocam temas ainda pouco discutidos, como a mineração e a transição energética, e citou o exemplo do Projeto Potássio Autazes. Ele ressaltou que a sustentabilidade deve ser compreendida como algo que faz sentido para a vivência e sobrevivência das pessoas, sobretudo das que vivem em áreas remotas da região.
Ao abordar a transição energética, o secretário reforçou os quatro “D”s – descarbonização, descentralização, digitalização e democratização. “Esse é o momento de olharmos a transição energética para fazer sentido para a população, que a gente possa trazer a segurança eletroenergética dentro do nosso estado, mas que isso possa gerar oportunidades para o povo do Amazonas”, afirmou.
O secretário também questionou o que existiria sem a mineração, destacando que não se pode ignorar as necessidades humanas e que é preciso evoluir respeitando o meio ambiente e as pessoas. Não podemos ficar cegos às necessidades humanas. Nós precisamos, enquanto sociedade, evoluir nesse sentido, respeitando o meio ambiente, mas, sobretudo, respeitando as pessoas. Nós temos o seminário aqui para discutir, além das questões dos minerais críticos, a questão também da segurança alimentar”, completou.
O deputado Sinésio Campos abordou a importância dos fertilizantes para a produção de alimentos e grãos, e destacou a mineração como essencial para o desenvolvimento de qualquer país. O parlamentar afirmou que a Amazônia não deve se limitar à Zona Franca de Manaus, mas também se consolidar como um polo para novas indústrias baseadas nos recursos minerais da região.
Painel debate mineração estratégica e segurança alimentar
Ainda pela manhã da quarta-feira (28), o presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, participou do painel “Projetos Estratégicos em Mineração e Segurança Alimentar no Amazonas”, parte da programação do Seminário de Mineração do Amazonas, integrado ao FITEA.
Mediado por Aristóteles Gustavo de Almeida Neto, assessor da Gerência de Estudos e Projetos da Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (CIAMA), o painel reuniu representantes de empresas com atuação estratégica no setor mineral e agroindustrial da região. Também participaram Rafael Matos, diretor de fundições da Mineração Taboca; Jussandro Saboia Said, diretor executivo do Sindicato da Indústria Cerâmica do Estado do Amazonas (SINDICER); e João Orestes, presidente da FASA – Fertilizantes da Amazônia S/A.
Durante a apresentação, Espeschit levou a plateia à reflexão sobre a necessidade de gerar energia para os corpos dos próprios seres humanos, e que esta energia é gerada a partir dos alimentos e que sem fertilizante para gerar alimentos o ser humano ficará sem energia. Ele destacou que os fertilizantes são cruciais para o agronegócio brasileiro, setor responsável por mais de 25% do PIB nacional e pela alimentação de cerca de 1,8 bilhão de pessoas no mundo. Nesse contexto, ele destacou que o Projeto Potássio Autazes tem como missão contribuir diretamente para a segurança alimentar, ao reduzir a dependência do Brasil da importação de potássio e garantir o fornecimento desse insumo fundamental à agricultura.
“Segurança alimentar é uma transição energética. Sem alimento a gente não vive. Sem mineração não tem fertilizantes e sem os fertilizantes não tem o agronegócio brasileiro responsável por um PIB superior a 25%, alimentando 1,8 bilhões de pessoas no mundo, e o Amazonas está sendo fundamental nessa questão”, explicou Espeschit.
O presidente também convidou o público a conhecer mais sobre a mineração responsável e a transição energética na Amazônia, mencionando o Projeto Potássio Autazes como um exemplo de inovação sustentável e compromisso com a região. Ele ressaltou que 80% da mão de obra do projeto será local e que há um esforço contínuo da empresa em capacitar a população amazônida para atuar nas diferentes etapas da operação.
Parceiros de Autazes
O evento também contou com parceiros da Potássio do Brasil, de Autazes, que trouxeram produtos regionais para valorizar o empreendedorismo feminino e a produção local. Representantes de cooperativas e agroindústrias puderam expor e comercializar seus produtos diretamente ao público.
A Cooperativa de Produção de Agricultura Familiar do Jatuá (Coopafja) esteve presente com uma variedade de doces artesanais, como bombons, balas, geleias, e licores. Para Marly Souza, representante do grupo, o momento representou uma oportunidade única de dar visibilidade à produção local. “É muito bom estar aqui, poder trazer as nossas delícias, os nossos produtos para demonstrar. Se não fosse a Potássio do Brasil, a gente estaria anônimos”, afirmou.
A Agrofazenda Paiva (Sabor de Autazes), levou uma seleção de derivados de leite naturais, como queijos condimentados com azeite, orégano e chimichurri, além de leite fresco, manteiga de sabores variados e a tradicional coalhada.
A produtora Bernadete Paiva apresentou uma versão especial do doce de leite misturado com doce de cupuaçu, produzido diretamente na fazenda, e fez questão de agradecer à Potássio do Brasil pela parceria: “É um sonho que estamos vivendo. Sem esse apoio, seria muito difícil mostrar o que temos de melhor em Autazes”, disse ela.
Kellem Chagas, da Queijaria Elkemi, uma queijaria familiar que apresentou seus produtos para degustação no evento, expressou gratidão pelo apoio da Potássio do Brasil, destacando que esse suporte é fundamental para que possam levar seus produtos ao mercado, especialmente por serem uma iniciativa familiar.
Kellem descreveu a experiência no evento como maravilhosa, elogiando a equipe de apoio e ressaltando que os produtos têm sido muito bem aceitos, recebendo avaliações de excelência. “Esse apoio que a Potássio dá pra gente, é muito bom pra gente apresentar o nosso produto, pro mercado. E está sendo maravilhoso, as vendas estão boas, o produto tá sendo muito aceito, tá sendo de excelência”, destacou.