A empresa já iniciou os trabalhos de implantação da indústria de mineração que deve entrar em funcionamento em até quatro anos gerando milhares de empregos
Pensada há mais de 30 anos, a exploração do mineral Silvinita, principal matéria-prima do potássio está perto de se tornar realidade na Amazônia, especificamente no município de Autazes (distante 113 quilômetros de Manaus), no Amazonas. Nesta quarta-feira , 17, Adriano Espeschit, presidente da Potássio do Brasil Ltda, indústria de mineração, já em processo de implantação, foi recebido pelo Secretário de Estado da Produção Rural (Sepror), Daniel Borges, e pelos secretários executivos Larissa França e Eirie Vinhote, para alinharem um Termo de Cooperação Técnica(TCT) entre secretaria e a empresa, em benefício das comunidades da região (Rio Madeira) onde a indústria será instalada.
Os trabalhos para tal funcionamento já iniciaram e, paralelamente, atendendo a uma série de exigências jurídicas e ambientais, diversos projetos devem agregar valor à exploração do mineral, gerando emprego e renda e beneficiando a população local. Dentre os projetos, estão capacitação individual e coletiva, criação de novas empresas para fornecimento de serviços e produtos, como de fardamento e alimentação a serem utilizados pelos funcionários que atuarão na Potássio do Brasil, dentre outras possibilidades.
De acordo com Daniel Borges, o desenvolvimento do Setor Primário é uma prioridade do Governador Wilson Lima e tem na exploração da Silvinita de Autazes um de seus grandes vetores.
“Nós, enquanto Governo do Amazonas apoiamos o Projeto Potássio de Autazes com grande entusiasmo, entendendo que a demanda por esse mineral é grande e permanente, ou seja, vai ajudar muito no Setor Primário brasileiro, além dos benefícios que a implantação dessa estrutura no interior do nosso estado, que vai beneficiar milhares de pessoas com novas oportunidades de trabalho, tudo alinhado com a região amazônica e suas especificidades, explica o secretário Daniel.
A área a ser oficialmente ocupada para a exploração de Silvinita é de 500 hectares, mas com os compromissos públicos de beneficiamento social assumidos pela Potássio, o alcance vai ser muito maior, inclusive com aquisição de terras para utilização em culturas com potencial econômico. Essa e outras propostas foram abordadas durante a reunião e devem ser sistematizadas em um TCT que vai levar desenvolvimento às comunidades e tribos indígenas da etnia Mura que vivem na região.
“A Potássio do Brasil começou a investir no Amazonas em 2016 e já temos delineados diversos projetos que trarão desenvolvimento sustentável a essa região, mesmo antes do funcionamento da indústria de mineração da Silvinita. Então, além de todos o licenciamentos e autorização, estamos buscando atores como a Sepror, para sermos o mais assertivos possíveis quanto às necessidades das comunidades e a forma correta de chegar a elas. Agradeço a recepção e garanto que estou otimista com a possibilidade de parceria com a Sepror”, destacou Adriano Espeschit.
Uma das garantias da Empresa Potássio do Brasil é a que, de toda a mão de obra a ser utilizada na indústria de exploração de Silvinita para a produção do Potássio, pelo menos 80% será de amazonenses, de preferência oriundos daquela região de Autazes, o que abre um leque de oportunidades em capacitação e ocupação de postos de trabalho.
Parcerias definidas
Já em parceria com outras instituições a Potássio do Brasil colocou em prática outros projetos. Com a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuarias (Embrapa), já colocou em funcionamento dois viveiros de mudas de arvores nativas que já produziram dezenas de milhares de arvores e tendo no corpo funcional, dois indígenas, que sozinhos plantaram pelo menos 60 mil arvores em desmatadas e degradadas, contribuindo significativamente com a restauração da camada verde acima do solo.