O município de Autazes (a 112 km de Manaus) mais uma vez protagoniza uma ação inédita relacionada às demandas econômicas e sociais que estão sendo geradas a partir do licenciamento para instalação do Projeto Potássio Autazes. Na última segunda-feira (3/06), o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) em parceria com a Prefeitura Municipal de Autazes, iniciou a 1ª turma do Curso Técnico em Mineração, no município, configurando um marco histórico para a população. A duração será de um ano e conta com uma turma de 29 alunos que receberão capacitação para atuar no mercado de mineração e em atividades vinculadas ao empreendimento da Potássio do Brasil.
Em decorrência da emissão, pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), de 11 Licenças de Instalação para o início da implantação do Projeto Potássio Autazes, abre-se um leque de oportunidades para a geração de emprego e renda em Autazes e região. Nessa primeira fase de preparo e construção do complexo, que terá duração estimada de 4 anos e meio, a previsão é gerar de 2,6 mil empregos diretos a 4,2 mil no pico da obra nos próximos quatro anos, além de outros 16 mil empregos indiretos.
“A Potássio do Brasil iniciou os trabalhos e se faz necessário agora a contratação de profissionais para atuar nesta fase de instalação do Projeto Potássio Autazes. Esses trabalhadores candidatos a colaborar conosco precisam estar qualificados para atender a demanda que o Projeto necessita. Fico muito feliz em tomar conhecimento do início do Curso Técnico em Mineração de Autazes e com os votos que estes alunos possam estar conosco neste empreendimento. Também desejo que cursos em outras áreas também possam ser realizados, pois o uso de mão de obra local será de até 80%”, explica Adriano Espeschit, presidente da Potássio do Brasil.
O técnico em mineração é o profissional que atua em atividades como identificar locais propícios para a extração mineral, fazendo a prospecção; avaliar a viabilidade técnica e econômica de projetos; identificar e catalogar amostras de minerais; atestar a qualidade da matéria-prima; prestar assessoria no mapeamento geológico; listar as demandas de recursos humanos e equipamentos; estimar custos e elaborar orçamentos; auxiliar na análise laboratorial; acompanhar os processos de beneficiamento e tratamento do minério; atuar em processos de vistoria e fiscalização; dentre outras atividades da área técnica.
De acordo com o professor de geologia do curso, Alexandre da Costa, a previsão é que novas turmas sejam abertas, além das 29 pessoas que já estão em capacitação. “Daqui há um ano a Potássio do Brasil poderá fazer qualquer recrutamento com esses alunos que já estarão formados e altamente capacitados para o mercado de trabalho”, destacou.
Já o aluno do curso, Jean Rodrigues Lima, que também é indígena do Povo Mura, fala de sua felicidade que é fazer parte da primeira turma que irá concluir o curso técnico inédito na história de Autazes. “Sou indígena do Povo Mura de Autazes e vi no curso uma oportunidade de conhecer melhor em relação ao curso técnico em mineração, para ter propriedade sobre o assunto e agir dentro da legalidade. Também faço o curso de Gestão Ambiental pela Ufam que é uma forma a mais de me qualificar e entender essa relação da questão ambiental com a mineração. É uma porta que se abre não somente para os não-indígenas, mas para nós indígenas também”, concluiu Jean.
No que se refere às demandas que interessam a fornecedores e prestadores de serviços, a empresa já sinalizou que vai necessitar de perfuração de poços, supressão vegetal, terraplanagem, instalação de canteiro de obras, fornecedores para atender aos nichos de: alimentação, hospedagem, transporte, uniformes e equipamentos de proteção individual, fornecimento de ferramentas, equipamentos e infraestrutura de suporte às diversas obras que acompanham a instalação do Projeto, dentre outros.
FONTE: Matéria composta a partir de informações do Portal BDC Notícias – Autazes (https://www.facebook.com/share/r/ZkghwDMy4RahxyZE/?mibextid=14AR8G )
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